O problema é bastante comum entre crianças e adolescentes e afeta, principalmente, aqueles com excesso de peso na mochila. E o resultado, a longo prazo, pode ser o aparecimento de diversos tipos de dor nas costas.
Além do peso, outros fatores como tipo de mochila e o modo como ela é carregada também podem afetar a saúde da coluna. E para evitar qualquer tipo de dor, incômodo ou distúrbio na região lombar, alguns cuidados devem ser levados em consideração.
O ideal é carregar na mochila até 10% do peso corporal da pessoa. 15% é aceitável, mas a partir disso, a coluna começa a sentir os efeitos da sobrecarga. A dor nas costas é resultado do excesso de peso na mochila que força a coluna para trás, pressionando as vértebras e os discos entre elas. E outras regiões do corpo, como joelho, ombros, pescoço e quadris também podem sentir o impacto da má postura.
Hipercifose postural
É um dos principais problemas causados pelo excesso de peso na mochila. Ocorre um aumento da curvatura no meio das costas, com os ombros e pescoço inclinados para frente, formando uma espécie de corcunda. Além da dor nas costas, o paciente pode se queixar de incômodos em braços e mãos.
Como evitar dor nas costas
Se o peso da mochila ultrapassar a taxa de 10% a 15% do peso corporal, a recomendação é que o paciente retire alguns itens até atingir a carga indicada. Se não for possível diminuir o peso da bolsa, deve-se adotar modelos com rodinhas.
A distribuição do material no interior do acessório, o tamanho e o modo como o paciente o carrega também ajudam a evitar dor nas costas. Objetos mais pesados devem estar sempre próximos ao corpo, no compartimento principal da mochila.
Quanto ao tamanho, o fundo da bolsa deve estar na altura da curva da região lombar. Posições acima e abaixo afetam a postura da pessoa e, consequentemente, a saúde da coluna. Mochilas que trazem cintos estabilizadores na cintura e entre as duas alças também são bem vindas.
Por fim, é muito importante carregar a mochila pelas duas alças (preferencialmente largas), e não por uma, hábito muito comum entre os jovens.
Ao sentir qualquer um dos sintomas citados, o paciente deve procurar por um médico especialista para diagnóstico e tratamento.