A osteoporose é a doença osteometabólica mais frequente do mundo, caracterizada pelo enfraquecimento dos ossos. No Brasil, afeta mais de 10 milhões de pessoas, sendo que 2,4 milhões de casos de fraturas são decorrentes da condição (dados da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia).
Sua causa mais comum é o próprio envelhecimento natural do esqueleto, o que pode levar a fraturas na estrutura óssea, inclusive na coluna vertebral. Outras doenças, condições genéticas e hormonais também estão associadas à sua frequência.
Atualmente, é comum vermos pessoas ativas e saudáveis com mais de 90 ou até 100 anos de idade. É também a faixa etária em que a osteoporose acomete a quase todas as pessoas, em maior ou menor grau, independente do sexo. Nas mulheres, a doença pode aparecer precocemente, normalmente após o período da menopausa. Nestas pacientes em especial, ocorre uma queda abrupta dos hormônios que trabalham na formação da estrutura óssea.
Trata-se de uma doença silenciosa, com poucos sintomas. As queixas, quando presentes, estão associadas às microfraturas. A partir da avaliação com o médico ortopedista, o paciente é encaminhado para tratamento, normalmente conservador com medidas analgésicas, que podem incluir inicialmente cintas, coletes e bengalas e o tratamento medicamentoso da osteoporose. Em casos mais graves, como por exemplo fraturas na coluna vertebral, são indicados procedimentos cirúrgicos, com destaque para vertebroplastia e cifoplastia.
Para alcançarmos a longevidade de forma saudável e com a estrutura óssea fortalecida, o cuidado deve começar o quanto antes. Separamos abaixo as principais formas de prevenção da osteoporose.
Dicas para prevenir a osteoporose
Dieta
Uma boa alimentação é o principal fator para a boa saúde dos ossos. E um hábito saudável deve começar desde a infância, passando pela fase adulta até chegar à terceira idade.
Para o fortalecimento da estrutura óssea e a prevenção da osteoporose, devemos investir em alimentos ricos em cálcio e vitamina D, sempre com acompanhamento nutricional. O primeiro é encontrado em vegetais e laticínios. Já o segundo pode ser encontrado em óleo de peixe e ovos. A exposição ao sol também é uma boa fonte de vitamina D. Porém, apesar de vivermos em um país ensolarado, poucas pessoas tem esta exposição adequada, principalmente pela correria do dia a dia, que nos mantém em ambientes fechados e por restrições, que devem ser respeitadas, preconizadas pelos dermatologistas.
Desta forma, é comum a necessidade de suplementação com a vitamina sintética, pois assim como o sol, as fontes alimentares citadas raramente geram níveis adequados d vitamina D.
Exercícios físicos
A prática de exercícios físicos regulares, também desde a infância, auxilia no fortalecimento da densidade óssea. Os mais indicados são musculação, caminhadas e corridas. Práticas simples do dia a dia, como subir escadas, também ajudam a prevenir a osteoporose. Por outro lado, o sedentarismo é uma condição que pode piorar a saúde dos ossos.
Ressaltamos, porém, que qualquer tipo de atividade deve ser acompanhada por um profissional especializado. A prática inadequada pode afetar a saúde de diversas formas, levando a outros tipos de lesões. Saiba mais aqui.
Estresse
Problemas mentais podem afetar a nossa saúde em vários aspectos, inclusive físico. E vários estudos relacionam os efeitos do estresse com a saúde dos ossos.
O cortisol, conhecido como hormônio do estresse, inibe a produção de osteoblastos, células que formam os ossos, e também atua na decomposição do colágeno, responsável pela estruturação óssea. Em casos de estresse crônico, com altos níveis de cortisol no organismo, é inibida também a absorção de vitamina D.