A escoliose é uma patologia caracterizada por uma curvatura lateral da coluna, acompanhada de algum grau de rotação dos ossos. Não se trata de um problema postural, mas de uma deformidade que se desenvolve principalmente no período da adolescência, apresentando progressão com o tempo, o que pode exigir tratamentos com coletes ou cirúrgicos.
Acomete desde crianças até adolescentes e adultos, sendo considerada uma patologia genética. Apesar de muitas pessoas acreditarem que a escoliose está associada a problemas de postura e sobrecargas na coluna, especialistas relacionam sua origem à transmissão hereditária.
Normalmente, o jovem apresenta a coluna bem alinhada até o início da adolescência. Durante esta fase, que costuma não gerar dor ao paciente, a condição começa a progredir e, se não tratada corretamente, pode piorar até dois graus por ano na vida adulta. Em casos mais graves, a escoliose causa dor, restrição da respiração e problemas estéticos com forte impacto social.
O diagnóstico precoce da escoliose
O diagnóstico da escoliose deve ser precoce, pois interfere no tratamento da coluna do paciente. Em crianças, é muito importante que pais, professores e treinadores observem a presença de assimetrias em ombro, escápula e quadril, além de deformidades nas costelas quando o jovem se inclina.
O paciente que apresentar alguma dessas condições deve procurar um médico especialista para conclusão do diagnóstico e possíveis tratamentos. Quanto mais precocemente for diagnosticada a doença, durante a fase de crescimento da criança, maiores são as chances de tratamento conservador, realizado com coletes.
O tratamento da escoliose
O tratamento da deformidade varia em função da gravidade e da idade de seu aparecimento. Curvaturas leves, discretas esteticamente, dispensam qualquer tipo de intervenção, já que não apresentam dor nem progressão.
O tratamento conservador é feito por meio do uso de coletes. Durante o 48º Congresso Brasileiro de Ortopedia e Traumatologia, o Dr. Stuart Weinstein, uma grande autoridade em deformidades da coluna, apresentou um trabalho recente de sua autoria que comprova pela primeira vez, de forma confiável, a eficácia dos coletes.
Em alguns casos, adolescentes com grande potencial de crescimento e com curvaturas já acentuadas ao diagnóstico podem necessitar de tratamento cirúrgico com o objetivo de evitar a piora da deformidade.
