Por atingir uma área muito sensível e essencial ao funcionamento de todo o corpo, a cirurgia de coluna costuma ser muito assustadora aos pacientes. Ela normalmente é o último recurso em tratamentos de coluna, mas os resultados são bastante eficientes.
Para se sentir seguro, o paciente deve procurar um bom cirurgião e esclarecer todas as dúvidas antes de partir para o procedimento. Buscando tranquilizar e informar a respeito deste tratamento, listamos algumas informações importantes.
Entenda a anatomia da coluna
A coluna vertebral é dividida em cervical, lombar, torácica e sacro. Também podem ser consideradas partes da coluna, devido à intima relação anatômica e funcional, as costelas, o osso esterno e a pelve.
A coluna cervical é formada por 7 vértebras (de C1 a C7) e é a parte de maior mobilidade da coluna. As vértebras e os discos invertebrais da coluna cervical são os mais estreitos de toda a coluna. Já a coluna torácica, também chamada de tronco, tem 12 vértebras (T1 a T12, contadas de cima pra baixo). É nesta região que se encontram as costelas: são 12 pares, divididos em “costelas verdadeiras”, “costelas falsas” e “costelas flutuantes”.
A coluna lombar é a parte mais baixa da coluna e tem 5 vértebras (L1 a L5). É a região da coluna que mais recebe carga entre as vértebras e por isso é comumente alvo de queixas, como dores. É responsável por grandes movimentos, ao contrário da torácica, que tem função de proteção. Por fim, temos o sacro e o cóccix. O sacro é fundamental na nossa postura é determina a angulação da nossa coluna, definindo o equilíbrio entre o quadril e a coluna vertebral.
Além da estrutura óssea
A coluna vertebral, no entanto, não é formada apenas por ossos. Os discos invertebrais ficam entre as vértebras e garantem a proteção da medula espinhal e suas raízes. Nessa região aparece o maior desgaste da estrutura vertebral e os médicos têm um cuidado especial com esses problemas.
A medula espinhal é a parte mais importante da coluna vertebral. É uma estrutura cilíndrica, que começa entre o crânio e a primeira vértebra cervical e se estende até a primeira ou segunda vértebra lombar. A medula da origem a nervos que se espalham por todo o corpo e são responsáveis pelos impulsos nervosos, que geram o movimento muscular. A medula é envolvida por três membranas: dura-máter, aracnoide e pia-máter.
A cirurgia de coluna
Agora que você já conhece a estrutura da coluna, vamos explicar o que acontece em uma cirurgia.
Existem diferentes tipos de cirurgia de coluna. Para cada patologia e cada caso, o tipo mais adequado será recomendado. Lembre-se sempre de procurar um cirurgião qualificado e conversar bastante com seu médico. Em geral, a cirurgia é indicada quando os tratamentos alternativos não tiveram o resultado desejado. No entanto, em alguns casos a cirurgia pode ser indicada logo que o paciente recebe o resultado dos primeiros exames.
Nos últimos 20 anos, uma série de avanços permitiu que se criassem técnicas menos invasivas, que interferem menos em tecidos, músculos e outras partes do corpo durante a cirurgia de coluna. Esses procedimentos são mais precisos e usam a tecnologia como aliada para a exatidão da cirurgia.
Cirurgia minimamente invasiva
Este tipo de cirurgia usa afastadores especiais e aumento das imagens através de instrumentos especiais – como lupas, microscópios cirúrgicos e videoendoscópios – para afetar o mínimo possível tecidos e estruturas que se encontram no caminho das áreas que precisam de tratamento. Geralmente, este tipo de procedimento permite abordagem com pequenas incisões na pele e pouca agressão aos tecidos profundos.
A cirurgia minimamente invasiva é uma alternativa para pacientes que não tiveram bons resultados com tratamentos convencionais e que apresentam limitações clínicas para passar por uma cirurgia convencional. É o caso de idosos ou pessoas com doenças graves, que parecem condenados a viver com a dor se não passarem pelo procedimento cirúrgico. Alguns destes procedimentos podem ser realizados sem a necessidade de internação ou na maioria das vezes exigem um ou dois dias de permanência no hospital e oferecem um pós-operatório mais confortável para o paciente.
Qual a melhor cirurgia para mim?
Para definir se há necessidade de cirurgia e qual a mais adequada ao seu caso, procure um especialista. Um bom médico analisará sua situação, dores e histórico médico para determinar a melhor alternativa para seu caso.
Converse sobre suas dúvidas. Se for indicada a cirurgia, não tenha medo de se informar. Questione seu médico sobre informações e detalhes. Com conhecimento e segurança, passar por esse procedimento é muito menos intimidante.