O disco intervertebral é um amortecedor, bastante sofisticado, localizado entre os ossos da coluna. Além de amortecimento, ele também permite estabilidade e movimento para a coluna. Em última instância, a presença de 23 discos intervertebrais entre os ossos da coluna servem para absorver o impacto que sofremos em nossos calcanhares durante as caminhadas e corridas, dissipando um pouco da energia em cada um deles, impedindo que o nosso cérebro receba uma pancada igual a recebida por nossos pés à cada passada.
Para sermos didáticos, podemos fazer uma analogia do disco intervertebral com um pneu. Neste caso a borracha do pneu representa a porção mais externa e espessa do disco intervertebral, formada por fortes fibras de colágeno, chamado de anel fibroso. O ar do pneu que é responsável pela absorção e transferência da energia do terreno, no caso do disco intervertebral é formado por uma espécie de gelatina (proteoglicanos e água), chamado de núcleo pulposo, que assim como o ar no pneu apresenta-se pressurizado, transmitindo as forças do corpo de forma homogênea para os corpos vertebrais ao anel fibroso.
À medida que envelhecemos ocorre uma desidratação progressiva do disco intervertebral, que causa perda da altura do disco. Este é o motivo que existe uma tendência de diminuirmos de altura com o avançar da idade. Porém, o problema com o envelhecimento e desidratação do núcleo pulposo não é a simples perda da nossa estatura. A medida que ocorre a perda de altura do disco, ele se torna menos eficaz na absorção e transmissão das forças a que é submetido constantemente, mesmo em atividades corriqueiras do dia a dia. Outra consequência do envelhecimento e perda de altura discal, novamente fazendo analogia ao pneu, ocorre como se o disco esvaziasse se tornando “arriado”, e consequentemente abaulado e instável, podendo gerar movimentos anormais dolorosos e comprimir estruturas nervosas.