Malformações congênitas da coluna

As malformações congênitas da coluna são aquelas que já estão presentes ao nascimento da criança. Nestas malformações ocorrem a falta da formação completa ou parcial dos ossos da coluna (as vértebras) ou ocorre a falta da separação adequada destes ossos durante o seu período de formação embriológica, no início da gravidez. Dependendo da estrutura que falta ou está sem separação,  podem ocorrer diversos tipos de deformidades como escolioses, hipercifoses, hiperlordoses ou uma combinação entre elas.  Estas deformidades podem apresentar gravidade também bastante variável.

As malformações da coluna podem ocorrer como um problema isolado na  saúde da criança, mas em até a metade dos casos, podem apresentar alguma associação com malformações em outros órgão, principalmente o sistema nervoso central, em especial a medula. Desta forma, uma vez que a criança seja diagnosticada com alterações congênitas da coluna, deve ser minuciosamente examinadas pelo pediatra assistente, com atenção nas alterações cardíacas e renais. Além disso, as malformações congênitas, podem fazer parte de um conjunto de malformações específicas em outros órgãos, como observado em algumas síndromes ou doenças genéticas. Felizmente são doenças muito raras, principalmente as formas mais graves, sendo o tratamento muito dependente da gravidade dos casos.

Estes casos devem ser acompanhados por cirurgiões experientes com a patologia, pois a variedade de tratamentos é grande e o momento adequado de intervenção cirúrgica, se for necessária, é fundamental. Em alguns casos, felizmente raros, a progressão da deformidade pode ser gravíssima, com piora de até sessenta graus em apenas um ano de acompanhamento, necessitando intervenção cirúrgica precoce, em crianças, algumas vezes, com apenas um ou dois anos de idade.

O objetivo final, de qualquer tratamento que seja instituído, é proporcionar um tronco alinhado e equilibrado ao final do crescimento esquelético. Sempre tendo em mente proporcionar melhor  desenvolvimento motor, psicológico, social e intelectual da criança e dar suporte à família, que sempre se apresenta muito apreensiva quando ao bem estar de seus filhos.